Universidade de São Paulo
Centro de Divulgação Científica e Cultural - Campus São Carlos
Setor de Astronomia
(OBSERVATÓRIO – Centro de Divulgação da Astronomia)
Série
Século XX – Astronomia e Astronáutica
Os Grandes Instrumentos

No ano de 1609 Galileo Galilei introduziu o uso do instrumento que amplia os limites de percepção da Natureza ao nosso redor: o telescópio. Esse instrumento amplia a imagem e envia mais luz aos nossos olhos. Com ele nós vemos os objetos com mais detalhes e muito mais objetos pois ele coleta muito mais luz. A partir desse momento, diversos modelos e montagens de telescópios foram propostos e construídos com grande sucesso. Técnicas tiveram que ser desenvolvidas para conseguir instrumentos cada vez melhores. As soluções ópticas envolveram metais e vidro óptico. O ápice dessa busca resulta no maior telescópio refrator construído até hoje: O Telescópio Refrator de Yerkes com 1,01metros de diâmetro da objetiva (dubleto acromático) com uma distância focal de 19,30 metros. Inaugurado em outubro de 1897 em Williams Bay, Wisconsin, nos Estados Unidos a 58 metros acima do lago Geneva e 334 metros acima do nível do mar. Grande nomes da astronomia fizeram uso do observatório de Yerks, tais como: Edward Barnard que estudou a Via Láctea, Otto Struve que avaliou a química das estrelas, Gerard Kuiper que fez estudos planetários e Subrahmanyan Chandrasekhar que estudou a evolução estelar (Prêmio Nobel em 1983) e William Morgan que definiu que a Via Láctea é espiralada. Apesar de seus feitos ele é o último do seu tipo empregando uma objetiva composta por lentes.
 

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Figura 1: Telescópio Refrator Yerkes

O último século do segundo milênio será dominado pelos telescópios refletores devido as soluções encontradas e ao aprimoramento das técnicas para obter equipamentos com grandes espelhos para coletar cada vez mais luz. Nós podemos dividir em três fases a Astronomia dos Grandes Instrumnetos do Século XX:

  1. 1901 - 1950 – o nascimento da astronomia contemporânea;
  2. 1950 - 1970 – a radio astronomia;
  3. 1970 - 2000 - a consquista do espaço, o computador e a Astronomia Digital e de Interferômetria.
A primeira fase abrange a primeira metade do século, se refere ao nascimento da astronomia contemporânea, a ciência em geral vive um momento de grande efervescência. Na fase 1950 a 1970, a astronomia passou por outra grande revolução, devido à guerra, o envio e recebimento de sinais de radio foi muito desenvolvido, nós passamos a usar as regiões de luz não visível para espreitar o nosso novo Universo. Na última fase, a conquista do espaço e sua gradativa ocupação pelo homem com o auxílio dos computadores e de novos sistemas de aquisição de imagens: imagens digitais. O nosso olho aproveita somente 1% de toda a luz que nós consideramos como informação. Telescópios com chapas fotográficas ampliam esse limite para 3%. Por fim a introdução dos sistemas digitais nós permite aproveitar até 90% ou mais da luz que chega ao nosso instrumento. Na primeira fase, uma imagem de uma galáxia era conseguida com 12 ou mais horas de exposição da chapa fotográfica e hoje em menos de um minuto obtemos uma imagem melhor e com muito mais informação. Esse potencial gerado pela Astronomia no uso de grandes instrumentos e sofisticados detetores resultou num campo de trabalho - muito conhecido - a Computação Gráfica.
 
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Figura 2: Charles Tyson Yerkes

Voltemos um pouco para o Observatório de Yerkes, apesar de ser o última palavra num equipamento desse tipo, ele foi fruto de um proprietário de uma frota de bondes em Chicago, seu nome: Charles Tyson Yerkes. Ele gostava das ciências e financiou a construção dessa relíquia com um tubo de 19 metros de comprimento e 6 toneladas de peso. O seu piso tem 22m de diâmetro e é móvel para posicionar o observador próximo as oculares ou os instrumentos montados nele. O mentor dessa realização foi George Ellery Hale - fascinado pela Astronomia e Membro da Universidade de Chicago.
 

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Figura 3: George Ellery Hale

O primeiro grande instrumento desse século e em operação é o telescópio refletor de 1,5 m de diâmetro do espelho. Entrou em operação em 1908 no Monte Wilson em Los Angeles nos Estados Unidos. Essa foi uma iniciativa de George Ellery Hale que mais tarde em 1917 constrói ainda em Monte Wilson um telescópio ainda maior com 2,5 metros de diâmetro de espelho primário com o apoio da Instituição Carnegie. Esse gigantesco telescópio da época apresenta problemas: o espelho é muito sensível à temperatura, o que ocasiona variações na imagem. Esse instrumento permitirá a Edwin Hubble determinar a distância da então Nebulosa de Andrômeda e de outras nebulosas e os seus resultados mostrarão que não são objetos pertencentes a nossa Galáxia, mas sim estruturas gigantescas como a nossa e muito distantes da nossa Galáxia. Surge um número infindável de galáxias e o nosso Universo adquire uma forma mais complexa. Até meados de 1950 é comum encontrar em alguns livros o termo Nebulosa de Andrômeda. Esse telescópio permitiu determinar distancias e velocidades das galáxias vizinhas, demonstrando que elas são "universos ilha" separados.
 

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Figura 4:O Telescópio Refletor de 1.5m
Apesar da má localização em Monte Wilson e dos problemas técnicos enfretados, George Ellery Hale em 1928 consegue 6 milhões de dólares da fundação Rockefeller para construir um observatório com um telescópio de 5 metros de diâmetro de espelho, e todas as demais despesas para o projeto e o complexo todo será operado pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech). Esse instrumento será construído num período turbulento do Século XX e sua construção será lenta.
 
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Figura 5: O Telescópio Refletor de 2.5m

Entre 1930 e 1934, com o aumento da poluição luminosa em Los Angeles, Monte Wilson não era mais um bom lugar para um observatório. O Sr. Hale começou a procurar um novo local para esse instrumento. Foram cogitados locais no Arizona, no Texas, no Hawai e até a América do Sul, mas os 5.600 pés de Monte Palomar, a 160 quilometros de Pasadena, Califórnia, venceram. O Sr. Hale comprou 160 acres de terras de fazendeiros locais e do Serviço Florestal dos Estados Unidos para construir o Observatório de Monte Palomar.

Entre 1934 e 1936 após gastar 1 milhão de dólares, descobriu-se a impossibilidade de fazer espelhos de 5 metros a partir do quartzo, a restrição era a elevada temperatura necessária para a fusão. Hale visitou a Corning Glass Works, em New York, e fez a proposta de construir um espelho com o novo material da época, um vidro a base de borosilicato. Esse material atualmente é muito comum nos nossos pratos a mesa e em utensílios refratários para assados nos fornos ou até mesmo para a cocção de alimentos. A sua estabilidade as mudanças de temperatura fizeram dele material perfeito para o espelho de cinco metros. Esse vidro de borosilicato nada mais é que o conhecido Pyrex dos nossos lares. Depois de duas tentativas, a Corning conseguiu fazer o espelho.

(figura-6)

Em 1936 as instalações físicas do observatório começam a serem construídas: o dome, a estrada para a montanha era feita, a água e eletricidade são instalados. Todos tinham que ajudar a colocar cimento no verão (época da seca), e em apenas 2 anos a estrutura foi completada. O tamanho final ficou em 41 metros de altura, 42 metros de diâmetro. Há uma grande coincidência, pois essas medidas são muito similares às do Pantheon em Roma. O peso aproximado é de 1.000 toneladas. Cada painel superior que se abre para o céu pesa 125 toneladas e a seção superior do domo gira em dois trilhos circulares e todos que tem a oportunidade de estar dentro do domo quando ele gira, dizem que é mais macio que muitos elevadores modernos.
 

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Figura 6: Montagem do Domo do Observatório de Monte Palomar

Ainda em 1936, com o espelho pronto, ele é transportado de Nova Iorque a Passadena onde foi polido, o transporte foi feito com velocidade máxima de 25Km/h e atraia a atenção de multidões. De 1936 a 1947 o espelho ficou nos laboratórios ópticos da Caltech para o polimento, além dos 13 anos utilizados para o polimento, foi retirado do espelho bruto cerca de 5000 kilos de vidro.

Os componentes mecânicos do telescópio são construídos; as partes vem da Filadélfia, Nova Iorque e Passadena. Por muitas vezes o horário dos trens normais teve que ser alterado para que o material fosse transportado. O tubo do telescópio segue por via marítima através do canal do Panamá, com o auxilio da Marinha Americana.
 
 

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Figura 7:O Telescópio Refletor Hale de 5.0 metros de Monte Palomar

O espelho de 5 metros é transportado de Pasadena para o Monte Palomar em 12 de novembro de 1947. A carga de 40 toneladas necessitou de 3 caminhões para empurar e puxar morro acima. O percurso de 200 quilometros gastou 32 horas para o transporte. O concreto que estava na estrutura, no lugar do espelho (para verificar se a estrutura aguentava o peso) é removido e o espelho colocado no lugar. O espelho agora e polido novamente, para os ajustes finais, e isso leva mais 2 anos. Além de todas essas dificuldades técnicas, o período da Segunda Guerra Mundial atrasou a construção desse surpreendente instrumento que por muitos anos ainda dominou como o maior dos telescópios por muitos anos nesse século.

Um outro avanço marcante ocorre em Jodrell Bank no Reuno Unido e a partir da segunda guerra mundial, surgem as antenas de rádio para observação militar, ou seja: os radares. Em meados de 1945, com o fim da segunda guerra, instala-se a antena de 66,4 metros de comprimento com o objetivo de radio observação. Jodrell Bank é o primeiro radiotelscópio construido - o telescópio de transito de 66.4metros..
 

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Figura 8: O Telescópio de Transito de 66.4 metros
O desenvolvimento da radioastronomia foi um trabalho pioneiro de Karl G. Jansky, um engenheiro de radio norte americano, que trabalhava no Laboratório da Bell e que em 1932 percebe um sinal semelhante à estática de radio vindo da constelação de Sagitarius.

Em 1951 começa a ser projetada MK I, uma antena parabólica de 78m para recepção de ondas de rádio. Em 1957 após vários problemas técnicos ela é inaugurada.
 

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Figura 9: O Radio Telescópio MKI de 78 metros

Em 1964 a segunda antena de Jodrell Bank a  MK II com um refletor de 25 metros  é inaugurada no mesmo local da antiga antena de 66.4 metros.
 

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Figura 10: O Radiotelescópio MK II de 25 metros
Em 1963, nós temos o início da atividades do radiotelescópio de Arecibo - a maior antena do mundo. Ele foi construído numa depressão natural em Porto Rico e o diâmetro do refletor é de 305 metros. Arecibo é usado tanto para captar como para enviar sinais ao espaço. Arecibo é o radiotelescópio responsável por captar os sinais do projeto seti@home na busca de vida extraterrestre em condições de se comunicarem conosco. Como o refletor não pode ser movimentada, a antena de recepção e emissão pode ser posicionada selecionar posições diferente no firmamento para estudo.
 
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Figura11: O Radiotelescópio de Arecibo com 305 metros

Em agosto de 1972 é aprovado o projeto do Verry Large Array (VLA), a construção foi iniciada em abril de 1973. Em 1975 a primeira antena é instalada e em 1980 o VLA é inaugurado.
 

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Figura12: O Very Large Array - Simulando antenas maiores através de interferometria

O VLA se localiza na planície de San Augustin, norte de Socorro, Novo México e tem uma formação em "Y" na qual são dispostas as diversas antenas de recepção. Cada antena da formação tem o diâmetro de 25m e uma massa de 230 toneladas. A formação se modifica no decorrer do ano: na formação A o conjunto tem 36 km de extensão, na formação B a extensão é de 10 km, na formação C a extensão é de 3,6 km e na formação D a extensão é de apenas de 1 km. Na formação A, o VLA utilizando métodos de interferência nas ondas eletromagnéticas, o conjunto corresponde a uma antena fixa de 130m de diâmetro.

O último grande instrumento da radioastronomia foi inaugurado em 22 de agosto de 2000 do Observatório Nacional de Raio Astronomia dos Estados Unidos em West Virginia na cidade de Pocahontas - o Green Bank Telescope - com uma supefície metálica de reflexão de 100 por 110 metros. O projeto do mecanismo permite ao instrumento captar sinais a partir de uma altura de cinco graus acima do horizonte . Além disso, o desenho dele é completamente for a do usual pois a antena de recepção é colocada lateralmete e não centralizada pois a superfície de reflexão é um parabolóide fora de eixo. Devido as suas dimensoões os paineis individuais da superfície de reflexão são independentes e possuem atuadores para corrigir eventuais deslocamentos por questão estrutural de deformação, efeitos de temperatura e do vento para manter a forma da superfície de cada um dos 2004 painéis individuais controlados por um feixe de raio laser para moinitorar suas posições
 

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Figura- 13: O Radiotelescópio de Green Bank com antena móvel de quase 110 metros.

Retornando aos instrumentos ópticos, o observatório russo Zelenchukskaya, localizado no monte Pastukhov, ao norte do Caucáso, foi inaugurado em 1976, depois de anos de "domínio" do grande telescópio americano de monte Palomar, o telescópio de Zelenchukskaya passa a ser o maior telescópio do mundo, com um espelho de 6m de diâmetro e 65 cm de espesura. Esse telescópio foi o maior do mundo por poucos anos.
 

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Figura-14: Telescópio de Zelenchukskaya com 6.0 metros de espelho

O interesse por telescópios maiores e a introdução de novas técnicas no emprego de um mosáico de espelhos para formar um espelho maior fizeram com que o observatório russo perdesse logo essa condição. Os telescópios Keck I e Keck II estão localizados em Mauna Kea e são hoje os dois maiores telescópios do mundo, ao invéz de um único e gigantesco espelho, os telescópios de Keck possuem 36 espelhos sextavados montados de forma a equivalerem a um espelho de 10m de diâmetro. Keck I entrou em operação em 1993 e Keck II em 1996. Cada espelho sextavado, tem 1.8m de diâmetro, o domo tem aproximadamente 31 m de altura e 37 de largura. A proxima fase do projeto Keck é construir ao redor dos dois grandes telescópios telescópios menores, com 2m de diâmetro e dessa forma trabalharem entre si como um interferômetro. Quando pronto, este interferômetro corresponderá a um espelho de 14, 6m.
 

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Figura 15: Observatório Keck (Keck I e Keck II) 
usando técnicas de interferometria na região da luz visível
Nesse intervalo de tempo, Telescópio Espacial Hubble, será uma grande revolução na astronomia, apesar de ser uma idéia antiga quando foi desenvolvido. Surgiu da necessidade de nós obtermos melhores imagens e da dificuldade de se construir grandes telescópios na Terra. A solução, um telescópio no espaço livre dos efeitos da atmosfera. Apesar do pequeno espelho em comparqação aos gigantes na superfície terrestre acabaria por produzir imagens fantásticas pela sua localização privilegiada no espaço. Espelho primário do Telescópio Espacial Hubble é de 2,4m de diâmetro. Esse diâmetro foi limitado pelo tamanho do compartimento de carga do ônibus espacial que o colocou em órbita terrestre em 25 de abril de 1990. Por ser um instrumento colocado no espaço, a sua equipe de controle é muito maior que os gigantes da superfície terrestre, os quais necessitam de poucos operadores.
 
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Figura 16: O Telescópio Espacial Hubble com 
espelho de 2.4 metros operando no espaço

No fim do Século XX, o Telescópio Subaru, localizado em Mauna Kea é hoje o maior telescópio óptico-infravermelho existente com espelho único no mundo, este telescópio não é apenas grandioso por causa do maior espelho (8,3 m de diâmetro) mas também por causa da tecnologia utilizada. O formato cilindrico de seu domo foi desenvolvido para minimizar a turbulencia atmosférica por que passa a luz e o sistema de guiagem utilizada é um mecanismo magnético. O telescópio de Subaru foi pré frabricado no Japão e posteriormente transportado para Mauna Kea. Ele foi inaugurado em janeiro de 1999.
 

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Figura17: O Telescópio Subaru com um espelho de 8.3 metros

Outro grandioso telescópio óptico é o do Projeto Gemini (dois telescópios gêmeos). Cada um desses telescópios tem um espelho único de 8 metros de diâmetro. Um deles está em operação no complexo astronômico de Mauna Kea no Hawai e a sua primeira foto científica feita pelo Telescópio Gemini Norte foi no dia 16/10/2000 da região Central da nossa Galáxia na direção da constelação de Sagitário. Essa data marca iniciou das suas atividades científcas. O Telescópio Gemini Sul provavelmente iniciará suas atividades em meados de 2001 e será instalado em Cerro Pachon no Chile. O Brasil tem uma pequena participação de 2,5% de um orçamento total de 176 milhões de dolares, o que lhe dará direito poucos dias do ano para observações de interesse dos pesquisadores brasileiros. Junto ao Gemini Sul está sendo construido o Projeto SOAR de um telescvópio de 4 metros de espelho no qual o Brasil tem uma participação bem maior no capital superior a 42% de um orçamento de 28 milhões de dólares.
 
 

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Figura 18: Telescópio Gemini Norte com espelho de 8 metros

Por último na transição do SéculoXX para o século XXI, há o projeto Very Large Telescope (VLT). Ele constitui-se der quatro telescópios de 8 m de diâmetro, localizados em Cerro Paranal no Chile, que juntos corresponderão a um telescópio de 16.4 m de diâmetro, o maior do mundo. Esses instrumentos trabalharão como um interferômetro e para isso três outros telescópios de 1.8m de diâmetro estão sendo construídos. Existe ainda um quarto telescópio de 2.5m de diâmetro, o qual trabalhará como telescópio auxiliar. Espera-se que fique pronta a primeira unidade do VLT em outubro de 2001 e a última em junho de 2002.
 
 

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Figura 19: Projeto VLT – Very Large Telescope– 
quatro telescópios de 8 metros integrados 
entre si na operação.

O começo do seculo XX foi marcado pela iniciativa do proprietário de uma linha de bondes em Chicago no finaciamento do Observatório Yerkes de 1897. Do desejo de um simples homem e, pelo nosso desejo de novas descobertas e de entender onde nós estamos no nosso Universo, o Homem conduziu-se na busca de novas soluções técnicas e de parcerias cada vez maiores entre instituições e inclusive entre países na obtenção de instrumentos cada vez melhores nessa exploração.
 
 
 
 

Pesquisa e Palestra de Marcos Alberto Perez

Redação e Revisão Jorge Hönel

São Carlos 02 de fevereiro de 2001
 
 

Marcos Alberto Perez é monitor voluntário do Setor de Astronomia e atualmente está cursando o bacharelado de Física do Instituto de Física de São Carlos. No passado ele fez minicursos de Astronomia nesse setor durante o segundo grau, o que acabou conduzindo para a área da Física e hoje atua nas atividades de divulgação desse setor do CDCC.
 

Créditos das Imagens

 
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Figura 1: Telescópio Refrator Yerkes
Imagens do Observatório de Yerkes http://astro.uchicago.edu/yerkes/
Instituição: Yerkes Observatory University of Chicago -USA

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Figura 2: Charles Tyson Yerkes
Imagens do Observatório de Yerkes http://astro.uchicago.edu/yerkes/
Instituição: Yerkes Observatory University of Chicago -USA

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Figura 3: George Ellery Hale
Imagens do Observatório de Yerkes http://astro.uchicago.edu/yerkes/
Instituição: Yerkes Observatory University of Chicago -USA

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Figura 4:O Telescópio Refletor de 1.5m
Imagens do Observatório de Monte Wilson
Instituição: CALTECH – Instituto de Tecnologia da Califórnia
http://www.mtwilson.edu/History/miscpix.html

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Figura 5:O Telescópio Refletor de 2.5m
Imagens do Observatório de Monte Wilson
Instituição: CALTECH – Instituto de Tecnologia da Califórnia
http://www.mtwilson.edu/History/miscpix.html

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Figura 6: Montagem do Domo do Observatório de Monte Palomar
Imagens do Observatório de Monte Palomar
Instituição: CALTECH – Instituto de Tecnologia da Califórnia
http://www.astro.caltech.edu/palomarpublic/history/timeline.html#1930

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Figura 7:O Telescópio Refletor Hale de 5.0 metros de Monte Palomar
Imagens do Observatório de Monte Palomar
Instituição: CALTECH – Instituto de Tecnologia da Califórnia
http://www.astro.caltech.edu/palomarpublic/history/timeline.html#1930

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Figura 8: O Telescópio de Transito de 66.4 metros
Imagens do Observatorio de Jodrell Bank
Instituição: Jodrell Bank Observatory
http://www.jb.man.ac.uk/public/story/
Dept. of Physics & Astronomy,
The University of Manchester,
Macclesfield, United Kingdom

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Figura 9: O Radio Telescópio MKI de 78 metros
Imagens do Observatorio de Jodrell Bank
Instituição: Jodrell Bank Observatory
http://www.jb.man.ac.uk/public/story/
Dept. of Physics & Astronomy,
The University of Manchester,
Macclesfield, United Kingdom

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Figura 10: O Radiotelescópio MK II de 25 metros
Imagens do Observatorio de Jodrell Bank
Instituição: Jodrell Bank Observatory
http://www.jb.man.ac.uk/public/story/
Dept. of Physics & Astronomy,
The University of Manchester,
Macclesfield, United Kingdom

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Figura11: O Radiotelescópio de Arecibo com 305 metros
Imagens do Arecibo:
Instituição: National Astronomy and Ionosphere Center
Operado pela Universidade de Cornell através do 
Departamento de Astronomia do Colégio de Artes e Ciências
http://www.naic.edu/poster/posters.htm

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Figura12: O Very Large Array - Simulando antenas maiores através de interferometria
Imagens do Very Large Array
Instituição: National Radio Astronomy Observatory – West Virgina – USAhttp://www.aoc.nrao.edu/intro/vlapix/vlaviews.index.html

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Figura- 13: O Radiotelescópio de Green Bank com antena móvel de quase 110 metros.
Imagens do Green Bank Telescope http://www.gb.nrao.edu/GBT/GBT.html
Instituição: National Radio Astronomy Observatory – West Virgina - USA

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Figura 14: Telescópio de Zelenchukskaya com 6.0 metros de espelho
Imagens do Telescópio de Zelenchukskaya
Instituição: Special Astrophysical Observatory da Academia de Ciências Russa
http://www.sao.ru/bta/bta6m.html

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Figura 15: Observatório Keck (Keck I e Keck II) 
usando técnicas de interferometria na região da luz visível
Imagens do Observatório Keck (Keck I e Keck II)
Instituição: W.M. Keck Observatory
http://www2.keck.hawaii.edu:3636/realpublic/gen_info/kiosk/index.html
Crédito da Ilustração TOM CONNELL/WILDLIFE ART LTD.
do THE READER’S DIGEST "ATLAS OF THE UNIVERSE"
© 2000 WELDON OWEN INC.

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Figura 16: O Telescópio Espacial Hubble com 
espelho de 2.4 metros operando no espaço
Imagens do Telescópio Espacial Hubble
Instituição: Space Telescope Science Institute
http://www.stsci.edu/hst/

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Figura17: O Telescópio Subaru com um espelho de 8.3 metros
Imagens do Telescópio Subaru http://www.subarutelescope.org/
Instituição: National Astronomical Observatory of Japan (NAOJ)
http://www.subarutelescope.org/Gallery/history.html

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Figura 18: Telescópio Gemini Norte com espelho de 8 metros.
Imagens do Projeto Gemini:
http://www.gemini.edu/
Instituição: The Gemini Observatory
http://www.gemini.edu/gallery/telescope/g0012.html

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Figura 19: Projeto VLT – Very Large Telescope– 
quatro telscópios de 8 metros integrados entre si na operação.
Imagens do Projeto VLT – Very Large Telescope–
http://wwww.eso.org/
Instituição: European Southern Observatoy