Resumo:
Conforme Scardua (2009), o papel da Educação Ambiental (EA) é fundamental para trabalhar valores para que as crianças transformem suas atitudes perante o meio ambiente, e um bom ponto de partida é implantar a EA na Educação Infantil (EI). Implantar e implementar a EA na EI não é tarefa das mais difíceis, lembra a autora: basta lembrar que as crianças apreciam o contato com a natureza, e isso deve ser aproveitado ao máximo quando se planeja a EA para elas.
Outro ponto importante, levantado por Jacobi (2003), é pensar a EA num contexto mais amplo, o da educação para a cidadania, configurando-a como elemento determinante para a consolidação de sujeitos cidadãos. Ser cidadão, lembra o autor, é ser portador de direitos e deveres, além de também ser responsável pela defesa da qualidade de vida.
Foi nesse contexto que se definiu o presente projeto desenvolvido no Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI) “João Baptista Paino”, com cinquenta alunos do período complementar de 3, 4 e 5 anos de idade, das respectivas fases IV, V e VI. A escolha do tema ocorreu em função de termos observado comportamentos e reações negativas das crianças com relação às minhocas que encontravam no jardim da escola. A partir de questionamentos das crianças, decidimos ressaltar a importância das minhocas para a terra e os seres vivos em geral, mesmo sendo ‘seres invisíveis’, conforme relato de Barros e Tozoni-Reis (2009) que, ao virem à superfície, não tinham uma imagem positiva.
Para isso foi preparado um terrário utilizando embalagens plásticas transparentes reutilizadas, onde pequenas plantas com raízes e minhocas foram introduzidas num substrato com camadas de terra, areia e esterco para exemplificar o que ocorre no solo. Analisando a participação na preparação e da observação periódica do terrário, percebemos o ínicio de uma mudança positiva na postura das crianças com quem trabalhamos. |
